AUGUSTO NUNES*
Nos dois dias de visita ao Brasil, Barack Obama não disse em nenhum momento que é o primeiro negro a tornar-se presidente dos Estados Unidos. Nenhum. Discursou mais de uma vez, concedeu entrevistas, teve encontros formais, conversou informalmente com autoridades ou gente do povo ─ sem fazer uma só menção ao fato histórico.
Se Lula e Dilma Rousseff assimilarem a lição, se ele parar de contar a cada palavrório a história do operário que virou presidente e ela deixar de repetir de meia em meia hora que nunca antes neste país houve uma mulher na Presidência da República, milhões de brasileiros vão considerar a viagem de Obama uma das mais produtivas de todos os tempos.
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