A família é a célula da sociedade, o que vemos acontecendo nas cidades é a consequência direta das relações estabelecidas precocemente dentro do núcleo familiar. Quando um bebê nasce, todo tipo de possibilidade se torna disponível a esse ser e, quanto maior o aconchego com que ele for recebido, maior será seu repertório de atos e pensamentos equilibrados pela vida afora!
Educar adequadamente uma criança é a maior forma de transformação social possível. É a partir dos vínculos afetivos estabelecidos entre o bebê e sua família que, mais tarde, irá se formar o cidadão.
Por isso, é tão importante que os pais busquem uma postura verdadeiramente carinhosa para educar seus filhos, repleta de atos conscientes ligados à função do sentimento, que é diferente do que chamamos de emoção, pois essa é uma reação visceral de uma situação, enquanto o sentimento é uma ativa e inteligente faculdade de escolha. A função do sentimento é ser ponte em constante mudança entre os opostos, um atencioso sentido das necessidades de uma situação particular visando a harmonia e o relacionamento como meta final.
Se admitirmos que os pais percam o controle e partam para a ignorância da opção pela força física, estaremos ensinando a nossos filhos que, diante de um conflito, é aceitável optar por agressões e atos violentos, quando todas as regras de civilidade nos colocam no caminho oposto, o da resolução diplomática, através do diálogo. As crianças aprendem rapidamente a imitar seus pais , repetem seus mecanismos pela vida afora e, o que é pior, ao serem vitimas de tal covardia, acreditam que merecem ser violentamente punidas, acham que são culpadas pela agressividade descabida dos adultos.
Muita polêmica tem vindo à tona com a nova lei proposta pelo presidente Lula, que adequadamente visa proteger os pequenos.
Absurdos do tipo: o Estado não pode interferir na autoridade dos pais na educação dos filhos ou que o castigo físico é uma boa forma de impor limites, quando todas as pesquisas da psicologia moderna chegaram à conclusão que castigos e punições físicas têm consequências desastrosas na formação da personalidade da criança. Destroem sua autoestima e promovem sentimentos de rejeição e inadequação, principalmente quando partem das pessoas que mais deveriam amá-las e protegê-las.
A introdução dos limites pode e deve ser feita por meio da conversa. Uma boa dica é lançar mão do humor para desarmar as birras e da paciência para enfrentar situações mais graves de confronto entre pais e filhos.
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