2 de agosto de 2010

Lula pede que ministros evitem clima de fim de feira

Wilson Dias/ABr


A cinco meses do final, o governo flerta com os risco do “efeito fim de feira”. Nesta segunda (2), Lula recomendou aos ministros que caprichem na xepa.

Deseja que seus auxiliares não se deixem levar pelas pesquisas de opinião. A despeito da taxa de aprovação (77%), Lula encomendou esforço e dedicação.

Coube ao ministro Alexandre Padilha (Coordenação Política) dar publicidade à coisa.

Após reunião da coordenação de governo, Padilha usou imagem futebolística, bem ao gosto do chefe.

“Quando o time ganha ele não quer que os jogadores passem a noite comemorando...”

“...Quer que no dia seguinte eles se reúnam e voltem a treinar para pensar na próxima partida”.

Mais Padilha: “O presidente quer que os ministros se dediquem integralmente às ações de governo, todo mundo tem contrato até 31 de dezembro...”

“...O presidente não quer que nenhuma tentação possa mudar o foco dos ministros”.

Sintomático que Padilha tenha sido o escalado para repassar as orientações do técnico.

Petista de quatro costados, o ministro divide o foco entre as atribuições de governo e a militância partidária.

Até bem pouco, Padilha corria o país. Cheleava acordos pró-Dilma Rousseff nos Estados em que a coisa ameaçava desfiar.

Ao tempo em pede empenho administrativo, o próprio Lula cuida de desviar o foco para a eleição.

Na reunião administrativa desta segunda, o presidente desperdiçou um naco de seu tempo com a análise do último Ibope.

Equilibrando-se nos papéis de servidor público e militante, Padilha contou que Lula festejou a dianteira de cinco pontos percentuais atribuída a Dilma.

No dizer de Padilha, Lula pregou a necessidade de manter a humildade. Lembrou que pesquisa é retrato momentâneo. E previu que a peleja será renhida.

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Escrito por Josias de Souz

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