3 de junho de 2011

'ENTREVISTA DE PALOCCI NO JN FOI PATÉTICA'

Por Aloisio Amorim *


Jamais imaginava que uma emissora de televisão do tamanho e importância da Rede Globo se prestasse a esse papel ridículo com essa entrevista que tenta justificar o injustificável: a surpreendente e generosa foturna acumulada de forma meteórica e misteriosa pelo Ministro da Casa Civil, Antonio Palocci.


Na condição de telespectador sinto todo o peso do constrangimento que a Rede Globo impõe a quem neste momento acompanha o Jornal Nacional cuja característica é a sintetização de todo o material jornalístico apresentado. 


Neste caso, quem ligou sua televisão pôde até pensar, pelo espaço dedicado a essa entrevista, que era um programa montado pelo órgão de comunicação da Presidência da República. Viu-se um quadro do Jornal Nacional extraviado, completamente fora do contexto do padrão jornalístico da emissora, coisa encomendada.


É algo vergonhoso e nojento. Uma impostura à qual não há palavras suficientes para descrever.
E com uma agravante: nada foi esclarecido e provado de forma a alterar a percepção de que o escândalo do qual o Palocci é protagonista é apenas a ponta do iceberg sob o qual gira uma máquina gigantesca de esquentar dinheiro público através de consultorias, ONGs e atividades assemelhadas.


Depois de aparelhar todos os órgão públicos, de deter todas as informações sobre cada um dos brasileiros, o PT se transformou numa agência da chantagem.


E o que é pior. Sob a conivência a maioria dos brasileiros e especialmente dos ditos empresários que não passam de sabujos do PT por encontrar nesse sistema de governo petista a porta aberta para pilhar os cofres públicos, exercitando o que mais lhes interessa, ou seja, patrimonialismo, onde se cruzam como nunca na história deste país, de forma vergonhosamente criminosa, as esferas pública e privada.


Palocci só contribuiu com essa entrevista para ampliar o descrédito daquela mínima parcela de cidadãos decentes que resta a respeito da confiabilidade e a transparência necessárias nas relações entre o público e privado.


Palocci é o emblema mais bem acabado dessa privatização do Estado em favor dos interesses do PT que continua no poder pela perversão de todos os valores Republicanos e a conivência sabuja e oportunista de uma Nação habitada por uma maioria de larápios e vagabundos de todos os matizes. 


O PT e seus sequazes souberam como ninguém instrumentalizar politicamente esse deletério viés cultural que tipifica a sub-raça botocuda brasileira.


* < http://aluizioamorim.blogspot.com/2011/06/entrevista-de-palocci-no-jn-e-patetica.html >

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