Vamos dizer uma obviedade, mas não custa repetir, para que não pairem dúvidas sobre a posição de Pitacos. Somos inteiramente favoráveis ao reajuste e ao aumento real do “Bolsa-Família”. Assim como achávamos que era possível encontrar fontes, dentro do Orçamento, para elevar o salário mínimo para R$ 600, consideramos que o mesmo pode ser feito com o reajuste do “Bolsa-Família”.
É claro que, para alcançar o equilíbrio das contas públicas, os dois aumentos que defendemos implicam em fazer corte em outras áreas, sobretudo nos gastos supérfluos e adiáveis do governo. No que diz respeito ao “Bolsa-Família”, o aumento do valor da bolsa é mais imperioso ainda porque este programa volta-se para uma população extremamente carente e tem efeitos multiplicadores na economia, especialmente nos Estados com menor grau de desenvolvimento.
Além do mais, o valor dos benefícios distribuídos às doze milhões de famílias que participam do programa, não são reajustados há quase dois anos. Se levarmos em consideração que a inflação dos alimentos é bem superior à inflação oficial, é claro que quem mais sentiu na pele esta defasagem foram os beneficiários do programa “Bolsa-Família”.
Reajustar o benefício é, portanto, uma questão de justiça social, que terá efeitos benéficos na economia de muitos municípios, sobretudo no Nordeste. Como antes, continuamos extremamente críticos à instrumentalização política e eleitoral do Bolsa-Família praticada pelo lulopetismo e a seu uso como panaceia para resolver os problemas sociais dos mais pobres. Mas isto não nos leva a minimizar a importância do programa e da justeza de reajustar e aumentar o valor de seu benefício.
Durante a campanha eleitoral, Serra assumiu dois compromissos, por considerá-los viáveis e que eles não comprometeriam o ajuste fiscal, desde que os cortes fossem feitos em outras áreas. O candidato tucano defendeu o salário mínimo de R$ 600 reais e anunciou que se fosse eleito presidente, iria aumentar, imediatamente, o valor do “Bolsa-Família”.
Na época, Pitacos colocou-se ao lado do candidato tucano na defesa destas duas propostas.
O que estamos dizendo agora é o óbvio. Mas não custa repetir.
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