2 de agosto de 2010

Ao falar de SP, Dilma elogia política de segurança do RJ, que mata quase o triplo. É fato? É fato!


A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, resolveu tirar uma casquinha dos dois ataques à Rota feitos em São Paulo. Classificou-os de “lamentáveis”. Certo! E exibiu como exemplo de boa política de segurança a existente no Rio de Janeiro, governador por Sérgio Cabral (PMDB), seu aliado.

É verdade! Lá vou eu: para que a segurança pública em São Paulo — criticada obliquamente por Dilma — possa se igualar à do Rio, que ela elogiou, é preciso que quase se triplique aqui o número de homicídios.
Segundo o Mapa da Violência (2007), são 40 os assassinados por 100 mil habitantes no Rio, contra 15 em São Paulo. O índice do Rio é superior ao do Brasil como um todo. Por enquanto, o estado que ela elogia é mais eficiente do que São Paulo em… matar. De novo: não é assim porque eu quero; é assim porque esses são os números.
Como? “Os dados da Secretaria de Segurança do Rio são um pouco menores?” Os da Secretaria de Segurança de São Paulo também são. Trabalho com informações, como já afirmei, de um estudo neutro. A proporção de 1 para quase 3 permaneceria.
A política é, às vezes, uma coisa triste. O político se obriga a elogiar o pior, porque aliado, e a depredar o melhor, porque adversário. Quem perde? A boa política e, pois, os cidadãos. 
Por Reinaldo Azevedo

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