Convenham; há coisas que, podendo ser evitadas, devem ser. Ou acabam virando um símbolo. Prestem atenção a esta foto, de Antonio Cruz, da Agência Brasil!!!
No centro, como se nota, Antonio Palocci cumprimenta Hugo Chávez, o tiranete de fancaria da Venezuela. Esse cangote que se vê à direita, ao lado do ditador, é o da presidente Dilma Rousseff. Chávez está dizendo para o ministro cai-não-cai: “Fuerza, fuerza…”. Então tá bom…
Vejam ali a fila de olhares ministeriais embevecidos: Fernando Pimentel (Indústria e Comércio), Paulo Bernardo (Comunicações); Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) e Luiz Sérgio (Assuntos Institucionais - o do bigodão). Quase fora do quadro, com ar entre soturno e espantado, Aloizio Mercadante (Ciência e Tecnologia).
Na Folha de S. Paulo, leio o seguinte trecho:
“Depois de ouvirem juntos os hinos nacionais dos dois países, Chávez fez questão de parar em frente aos jornalistas e contar um episódio em que estava com Lula no Rio. Abordado por um grupo de jovens, perguntou se ‘eram jornalistas’. Segundo ele, uma menina do grupo respondeu ‘Sim, mas também somos gente’. Dilma, que evitou mais uma vez a imprensa no evento, riu do comentário.”
“Depois de ouvirem juntos os hinos nacionais dos dois países, Chávez fez questão de parar em frente aos jornalistas e contar um episódio em que estava com Lula no Rio. Abordado por um grupo de jovens, perguntou se ‘eram jornalistas’. Segundo ele, uma menina do grupo respondeu ‘Sim, mas também somos gente’. Dilma, que evitou mais uma vez a imprensa no evento, riu do comentário.”
O que Chávez terá querido dizer com sua historinha, narrada à moda de uma parábola? Dado que é um gorila golpista, talvez esteja sugerindo que há jornalistas… não-gente! Faz sentido. Em seu país, a imprensa era tratada como cão sarnento. A que restou, como cão domesticado. Um belo estímulo para Palocci.
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